Existem cerca de 500 a 600 espécies de abelhas sem ferrão descritas, distribuídas principalmente em regiões tropicais da América Latina, África, Sudeste Asiático e Austrália. O Brasil é especialmente rico em espécies, com mais de 300 variedades catalogadas, incluindo jataí (Tetragonisca angustula), uruçu (Melipona scutellaris), mandaguari (Scaptotrigona) e iraí (Nannotrigona testaceicornis).
As abelhas sem ferrão têm sido criadas há séculos por povos indígenas e comunidades rurais, especialmente na América Latina. A prática da meliponicultura (criação racional dessas abelhas) vem crescendo devido à valorização do mel medicinal e da necessidade da conservação ambiental.
As abelhas sem ferrão não são apenas fascinantes em termos biológicos, mas também fundamentais para a sustentabilidade ecológica e a manutenção da biodiversidade. Seu estudo e manejo têm contribuído para a valorização de práticas sustentáveis e a conservação ambiental. São especialmente importantes na polinização de árvores nativas.
Distribuição e Ecologia
Amazônia: Lar de diversas espécies nativas, muitas ainda pouco estudadas, que desempenham papel essencial na polinização da floresta.
Cerrado: Contém espécies adaptadas a climas secos e vegetação aberta.
Caatinga: Abelhas resistentes à aridez, como a uruçu nordestina (Melipona scutellaris).
Mata Atlântica: Refúgio para muitas espécies, como a jataí e a mandaçaia, devido à sua biodiversidade.
Pantanal: Rica em abelhas associadas a áreas úmidas e árvores tropicais.
Diversidade de Espécies no Brasil
As abelhas sem ferrão brasileiras apresentam uma grande diversidade em tamanho, comportamento e preferências ecológicas.
Abaixo estão algumas das espécies mais conhecidas:
Jataí (Tetragonisca angustula)
Pequena e dócil.
Produz mel muito valorizado por seu sabor e propriedades medicinais.
Comum em áreas urbanas e rurais.
Uruçu (Melipona scutellaris e Melipona quadrifasciata)
Espécies maiores, populares no Nordeste e Sudeste.
Conhecidas por sua alta produção de mel e própolis.
Encontradas em florestas e criadas em meliponários.
Mandaguari (Scaptotrigona spp.)
Abelhas resistentes e altamente produtivas.
Prolíficas na produção de própolis e mel.
Iraí (Nannotrigona testaceicornis)
Pequena e bastante adaptável.
Produz pouco mel, mas é eficiente na polinização de culturas agrícolas.
Tubi (Scaptotrigona tubiba)
Presente em áreas tropicais e úmidas.
Frequentemente usada para produção de mel medicinal.
Mandaçaia (Melipona quadrifasciata)
Possui faixas amarelas no abdômen, sendo visualmente marcante.
Produz mel saboroso e valorizado no mercado.
Plebeia spp.
Abelhas minúsculas, com tamanhos menores que 4 mm.
Constróem ninhos em cavidades pequenas e são eficientes polinizadoras.
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